A inflação oficial do Brasil perdeu força e ficou em 0,16% no mês de janeiro, ante alta de 0,52% apurada em dezembro de 2024. O resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi novamente impactado pelo encarecimento dos alimentos, que impediu o alívio no bolso motivado pelo desconto no valor das contas de luz.
Inferior ao resultado de 2020 (0,21%), a variação de 0,16% figura como a menor da história do IPCA para meses de janeiro. As projeções do mercado financeiro apontavam para uma alta de 0,15%. No ano passado, o índice oficial de preços abriu o ano em 0,42%.
Com a desaceleração do índice em janeiro, a inflação acumulada no período anual ficou em 4,56%. O percentual, menor do que a taxa de 4,83% no intervalo até dezembro, corresponde à primeira desaceleração nessa comparação desde agosto do ano passado.
Mesmo com a perda de ritmo, o IPCA mantém a variação acima do limite de tolerância de 1,5 ponto percentual definido para a inflação deste ano. Com a meta estabelecida em 3%, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o índice deve variar entre 1,5% e 4,5%.
Sem perspectiva de desaceleração constante dos preços, o BC (Banco Central) antevê que vai precisar se justificar sobre o estouro do IPCA devido à alteração dos regimes de metas a partir deste ano. As explicações passam a ser necessárias sempre que a inflação furar o teto por seis meses consecutivos.
Alimentos continuam mais caros
A inflação do grupo de alimentos e bebidas teve o quinto mês seguido de variação positiva e ficou em 0,96% em janeiro. O resultado foi novamente puxado pelo custo da refeição no domicílio, com alta de 1,07%.
Com altas de, respectivamente, 36,14%, 20,27% e 8,56%, os itens puxaram a inflação dos alimentos em janeiro. Por outro lado, os preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%) recuaram.
A variação de 0,67% do subgrupo foi influenciada por aumentos menores do lanche (de 0,96%, em dezembro, para 0,94%) e da refeição (de 1,42% para 0,58%).
Contas de luz aliviam o bolso
Tarifas de energia elétrica residencial ficaram 14,2% mais baratas. O resultado de janeiro foi ocasionado pelo desconto concedido nas tarifas de energia devido à distribuição do saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu.
Fonte: UOL
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