Salgueirenses na faixa de mais de 25 anos certamente guardam muito bem na memória lembranças de quadrilhas que marcaram os festejos juninos do município, como a “Rei do Baião” e a “Só Nóis e Mais Ninguém”. Esta última, fundada pelo educador social e cultural Cícero Luiz no bairro Divino Espírito Santo, foi recentemente reativada em Terra Nova, depois encerrar suas atividades em Salgueiro há 12 anos por falta de incentivo financeiro. Segundo Cícero, o grupo conta atualmente com uma nova geração de jovens que querem vivenciar a alegria e emoção de participar de uma quadrilha junina. Os ensaios visam competições no São João de 2023.
“Hoje moro em Terra Nova, onde faço um trabalho social aqui. Sair da cidade de Salgueiro por falta de oportunidades de trabalho e estou aqui fazendo o mesmo trabalho que fazia em Salgueiro. Estou aqui fazendo esse trabalho com jovens de Terra Nova e a gente está tentando resgatar aquele trabalho que era tão bonito e levou muitas conquistas para Salgueiro. Hoje a gente está ensaiando no bairro Adelina Sá Barreto, com jovens terra-novenses e é muito prazeroso”, afirma Cícero, que é marcador de quadrilhas há mais de 20 anos.
Na época em que desenvolvia os trabalhos da Só Nóis e Mais Nínguem em Salgueiro, Cícero levou o grupo a um patamar de destaque no universo quadrilheiro de Salgueiro, Pernambuco e do Nordeste. A quadrilha participava de competições em toda a região e ganhou vários prêmios em vários concursos, como o da TV Grande Rio. “Fui melhor marcador no concurso da TV Grande Rio por três vezes e melhor marcador de Salgueiro por cinco vezes”, recorda Cícero, que agradece o empenho dos antigos dançarinos da época em que o grupo era sediado em Salgueiro.
“Muitos deles ficaram emocionados quando souberam da reativação da quadrilha. Alguns mandaram mensagem para mim chorando, quando viram o nome da quadrilha nas redes sociais. Mais uma vez faço esse trabalho com muito amor e dedicação, porque é isso que faço há 22 anos. Queria que os municípios dessem mais apoio às quadrilhas juninas, porque hoje para você fazer uma boa quadrilha precisaria de, no mínimo, um investimento de R$ 50 mil”, completa Cícero.
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